RAZÕES PELAS QUAIS A DOUTRINA ESPÍRITA É CONSOLADORA Nilza V. Mello Antes de partir, Jesus anunciou uma sequência na revelação. Ele, que foi o representante da Segunda Revelação da Lei de Deus, ensinando-nos a “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, prometeu-nos um outro consolador que seria a Terceira Revelação – O Espírito Santo – que Seu Pai nos enviaria e nos faria lembrar de tudo aquilo que Ele, Jesus, nos havia dito, mas que ainda o mundo não estava preparado para compreendê-lo. E a promessa se cumpriu. Em 18 de abril de 1857, na França, é publicado “O Livro dos Espíritos”, primeiro livro do pentateuco, que constitui a espinha dorsal do Espiritismo, Corpo de Doutrina que veio através de um ser coletivo, chefiado pelo Espírito de Verdade, codificado por Allan Kardec e que tem como objetivo combater a materialismo e transformar o homem para o bem. O Cristo disse: Bem-aventurados o aflitos porque serão consolados”. Mas de que forma se achar feliz, sofrendo sem saber por que sofre? Aí é que entra o aspecto consolador da Doutrina Espírita. Há muitas razões pelas quais ela é consoladora. O Espiritismo nos mostra a razão de viver, vindo ao encontro das questões fundamentais: quem sou eu, por que estou vivendo no mundo, por que uns nascem com saúde e outros, não; por que a diferença entre pessoas, com destinos tão diversos? A Doutrina também mostra os meios pelos quais vivemos melhor, aprendendo a encarar a vida, enfrentando os problemas e encontrando um caminho seguro para as novas realizações. Ela se preocupa, primordialmente, com a melhoria moral do homem, que praticando a caridade, essência da perfeição, encontrará a felicidade, fazendo, como dizia Chico Xavier, a alegria dos outros, porque “Fora da caridade não há salvação”. O Espiritismo também vem mostrar que a causa dos sofrimentos, muitas vezes, está nas existências anteriores e que há outras causas que são da existência atual. Então, o homem compreende por que sofre e, aí, sofre com resignação. Além disso, o Espiritismo dá ao homem uma fé inabalável no futuro, porque sabe que é um ser imortal e em evolução. A perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência e a coragem de ir até o fim do caminho. O Espiritismo está constantemente buscando explicações racionais para a vida e para todos os fatos do universo. A concepção religiosa espírita baseia-se na recomendação do Espírito de Verdade: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo”. Dessa forma, o novo Consolador que Jesus nos prometeu, revela-nos a destinação da Terra, consiste num chamamento aos verdadeiros princípios da Lei de Deus, nos traz consolação pela fé e pela esperança, conforta os corações, proclamando a continuidade da vida após a morte, como fez Jesus. Bibliografia Obras básicas de Allan Kardec
|