(16) 3214-2990

(16) 3214-2990

contato@useararaquara.org.br

celula

 

 

Richard Simonetti

 

1. O que são células-tronco?

Digamos que são coringas celulares. Podem se transformar em qualquer tipo de célula. Há um futuro promissor envolvendo as pesquisas sobre o assunto. Concebe-se que poderão substituir tecidos lesionados ou doentes (Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares), produzir células que o organismo deixou de produzir (diabetes), ou tratar lesões ou disfunções de órgãos como o cérebro, coração, ossos, músculos e pele.

2. Onde se localizam?

Há em vários tecidos humanos (sangue e medula, dentre outros), mas em quantidade mínima. No cordão umbilical e na placenta há quantidades maiores. As mais promissoras, em melhores condições para finalidades terapêuticas, são as existentes nos embriões humanos.

3. Que embriões seriam usados para a retirada das células-tronco?

Na inseminação em laboratório, em favor de mulheres com dificuldade de engravidar, o médico retira vários óvulos da paciente que são fecundados pelos espermatozóides do marido. Introduzem em seu útero os que apresentam melhores possibilidades de êxito. Os demais permanecem congelados. A idéia seria usar as células-tronco desses embriões quando descartados.

4. Há uma polêmica em torno do assunto, envolvendo cientistas e religiosos. Por quê?

Algumas lideranças religiosas argumentam que esses embriões constituem uma vida em desenvolvimento e que utilizá-los seria o mesmo que promover um aborto, contrariando as leis divinas.

5. Qual a posição espírita?

Só podemos considerar posição espírita o que está na Codificação. Como na época de Kardec nem a mais fértil imaginação poderia conceber semelhante realização, temos que nos contentar com o ponto de vista dos espíritas.

6. Há quem seja contra, no meio espírita. Qual o argumento?

Defende-se a idéia de que esses embriões têm um Espírito em reencarnação suspensa, atendendo a problemascármicos. Com todo o respeito que nos merecem confrades que concebem essa situação, tenho dificuldade para imaginar Espíritos literalmente na geladeira, por tempo indeterminado.

7. Na sua opinião esses embriões não têm Espírito?

Entendo que nesses procedimentos de laboratório umreencarnante só será ligado ao embrião, com o concurso da Espiritualidade, a partir do momento em que ele seja introduzido no útero materno. Eu não teria, portanto, nenhuma restrição à utilização dos embriões descartados.

8. Não é prejudicial ao movimento espírita essa controvérsia?

Como se costuma dizer, é da discussão que nasce a luz. Entendo que a troca de idéias em torno do assunto é salutar, desde que não descambe para a pancadaria verbal ou tenhamos a pretensão de que somos os donos da verdade. Quando assentar a poeira, e se avolumarem as informações transmitidas por médiuns confiáveis, atendendo ao que Kardec chamava universalidade dos ensinos, chegaremos a uma conclusão acertada. Diga-se de passagem, respeitáveis confrades nossos perguntaram a Chico Xavier, pouco antes de sua desencarnação, se os embriões em laboratório asilam Espíritos. O médium, já bastante enfraquecido, com dificuldade para falar, fez um sinal negativo.