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Desencarna em Araraquara – SP, em 13/09/1988, Wallace Leal V. Rodrigues, escritor e jornalista espírita.

     Wallace nasceu em Divisa-ES, no dia 11/12/1924. Mudou-se com a família para Araraquara, SP, em 1940, quando, aos 16 anos de idade tornou-se espírita. Foram seus pais: Deolindo Valentim Rodrigues e Creusa Leal V. Rodrigues, tendo como irmãos: Cinira, Ninira, Ceci, Osvaldo, Nino e Waldemar.

     Wallace foi um revolucionário tranquilo e quem o conheceu não teria dificuldade para explicar esse perfil sereno, totalmente contrário do temperamento explosivo, típico das personalidades sensíveis e criativas. Foi criado com seis irmãos em Araraquara, cidade pela qual tinha verdadeira paixão, expressa na constante ansiedade em transformá-la num influente centro cultural. Num celebrado texto futurista de 1964 ele imaginou como seria Araraquara em 2017. Não estava errado, a cidade seria um grande celeiro e também polo de atração de artistas e intelectuais. Foi lá que Jean Paul Sartre fez sua famosa conferência no Brasil em 1960, à convite do Professor Fausto Castilho, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Sartre estava acompanhado de Simone Beauvoir e do amigo Jorge Amado. A presença deles foi considerada “non grata” pela Igreja Católica local, que fez até campanha pelo rádio contra o evento. Não sabemos se Wallace esteve na seleta platéia da faculdade, ao lado de Fernando Henrique, Ruth Cardoso e Antônio Cândido, ou se preferiu juntar-se aos estudantes com quem Sartre conversou no Teatro Municipal.

     Nas décadas de 1970 e 1980 Wallace atuou como editor e redator de O Clarim e também da Revista Internacional de Espiritismo, onde procurou manter aceso o idealismo de Cairbar Schutel, traduzindo obras importantes publicando artigos e entrevistas memoráveis. Quem fica conhecendo as suas atividades culturais fora do movimento espírita não consegue esconder a profunda impressão e admiração pelo seu talento e capacidade inovadora. Sem nenhum exagero, ele tinha tudo e mais um pouco para ser um dos grandes nomes de destaque da comunicação e da arte brasileira contemporâneas. Mas, ao invés de brilhar nos grandes centros, preferiu a discreta militância espírita e uma também modesta atuação cultural, típica das cidades interioranas. Sem dúvida, uma opção que causa estranheza no observador comum, mas nunca naqueles que sabem a causa das escolhas secretas e inconscientes que faz um Espírito na condição e portador de mediunidade-tarefa. Wallace precisava vencer essa prova do anonimato, da vida simples e discreta, embora sua potencialidade dissesse sempre o contrário. O médium R.A. Ranieri não escondia sua nítida impressão de que conhecia Wallace de outra existência e que tinha certeza que se tratava da escritora George Sand, ex-companheira de Chopin. Quando do desencarne de Wallace, em 1988, Ranieri lembrou num artigo publicado no seu Jornal Espírita que havia entre os dois Espíritos não somente uma grande afinidade de características intelectuais e artísticas, mas principalmente uma curiosa semelhança fisionômica. Segundo Chico Xavier, ao encontrar Allan Kardec em Paris, na manhã do dia 18 de Abril de 1857, Sand recusou como presente das mãos do Codificador o primeiro exemplar de O Livro dos Espíritos.

    

     Para saber mais sobre Wallace acesse:

     http://www.feparana.com.br/biografia.php?cod_biog=306

 

Algumas obras de  Wallace Leal Valentim Rodrigues

·                     E, para o Resto da Vida… (luxo)

·                     Esquina de Pedra, A

·                     Katie King

·                     Meimei, Vida e Mensagem

·                     Obsessão, A

·                     Pais Conscientes, Filhos Felizes

·                     Que é o Espiritismo, O

·                     Que é o Espiritismo, O – Bolso

·                     Viagem Espírita em 1862 (Clarim)

·                     Vozes na Casa