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“A Imortalidade Não É Uma Proposta Para Ser Pensada Depois Da Morte, É Uma Realidade Para Ser Vivida Hoje”

A vida na terra é apenas um elo dessa espiral ascensional que nos impulsiona para a perfeição possível. Sócrates, ciente desta condição do espírito, questiona: “Se A Vida É Imortal Não É Mais Sábio Viver Com Vistas À Eternidade?

Emmanuel, também  alerta: “A existência na terra é um livro que estás escrevendo …cada dia é uma página…cada hora é uma afirmação de tua personalidade, através das pessoas e das situações que te buscam”

Estamos nós conscientes de que cada novo dia que amanhece é oportunidade bendita para avançar nessa estrada evolutiva?

Cada dia é importante nas conquistas a fazer, é cheio de desafios, de testes, de escolhas e, em geral, não nos apercebemos dessa significação  e deixamos passar oportunidades  valiosas, desperdiçando o tempo.

O tempo é um  dos talentos divinos. Nos oferece a benção das horas para que ampliemos nosso acervo de conhecimentos, de crescimento ético, para que avancemos na estrada que se estende a nossa frente.

Temos incentivos  vários  para caminhar e o principal deles é o bem estar íntimo que as decisões corretas nos proporcionam.

A espiritualidade maior também nos incentiva o crescimento, nos recorda os compromissos estimulando nossa consciência,  sugerindo  mentalmente comportamentos desejáveis, nos falando através de pessoas  amigas,  de familiares, de  pessoas anônimas  utilizadas como intérpretes. Também pelo intercâmbio mediúnico, em suas várias modalidades, nossos protetores incentivam nosso crescimento moral.

São variados os recursos da divindade  para nos despertar.

Jesus, na Parábola da Vinha, aborda os chamamentos constantes que Deus, o dono da vinha, nos faz, alertando “Que muitos são os chamados …poucos os escolhidos”

Emmanuel, na  mensagem  “Chamamentos”, esclarece  sobre as formas simples  de convocação ao trabalho redencional, utilizadas pelo Dono da Vinha e apela para  que registremos estas convocações  da vida. Diz ele:

“Aguça os ouvidos e assinalarás os múltiplos chamados do Senhor ao testemunho de serviço, em teu próprio aperfeiçoamento, cada dia.

Os apelos do céu ressoam por toda parte, sem palavras, sem abalo, sem ruído…”

De forma concisa e sábia, esse tarefeiro do Senhor, realça as oportunidades que o cotidiano nos oferece. Oportunidade para  exercitar a piedade, diante da dureza de coração; para exercitar o  perdão, frente à calúnia que fere; para desenvolver a compreensão e a paciência, diante das esperanças frustradas; para trabalhar a harmonia, quando a discórdia se instala; para  doar  amparo aos envolvidos na dor, oferecendo o lenitivo da ajuda confortadora.

Emmanuel nos fala de pequenas tarefas no corriqueiro de nossas vidas.

“Não olvides que o senhor apela para a tua bondade e para a tua compreensão, para tua paciência e para a tua capacidade de servir, em todos os ângulos do caminho…”

“A voz do Mestre vibra no santuário doméstico, na oficina em que te confias à conquista do pão, no templo de tua fé religiosa, na via pública… “

“Levanta-te a cada manhã e prepara a acústica da própria alma, a  fim de lhe registrares as sugestões e não te esqueças de que se souberes escutar o divino mentor,  nos diversos chamamentos  de cada hora…em breve te elegerás escolhido para o concerto dos servidores divinos na glória superior”

A vida física é a oportunidade bendita para trabalharmos a reforma íntima … no entanto, é experiência rápida, fugaz… é imperioso valorizar o tempo que nos é oferecido.

O ser humano, ao gozar de vitalidade orgânica, ao empenhar-se   em conquistas, ao usufruir de bens materiais, costuma esquecer-se da sua condição de espírito, sobrevivente ao corpo físico, na   jornada ininterrupta  pelos caminhos da imortalidade .

Esse esquecimento é danoso, o leva a postergar os compromissos com o burilamento interior, a descuidar-se das múltiplas oportunidades que a vida lhe oferece para superação de suas deficiências espirituais.

Esse estado de insensatez, o impede de ouvir os chamamentos do Dono da Vinha, julgando-os relativos a grandes tarefas, a empreendimentos de grande vulto, descuidam-se dos apelos simples das horas cotidianas e quando se apercebem, grandes oportunidades se perderam…resta-lhes lamentar a imprevidência, como retrata Laurindo Rabello, em seu poema CONTA E TEMPO:

Deus pede estrita conta do meu tempo / é forçoso do tempo já dar conta / mas como darei em tempo tanta conta / eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo / dado me foi bom tempo e não fiz conta / quero hoje fazer conta e falta tempo… 

Oh! vós que tendes tempo sem ter conta / não gasteis esse tempo em passa tempo / cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta.

Mas, oh! se os que contam com seu tempo / fizessem desse tempo alguma conta / não choravam como eu, o não ter tempo.