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O ESPÍRITO COMANDA O CORPO
Arlett R. Celli Matheus

O Livro Dos Espíritos, questões 367 a 372, esclarece sobre o intercâmbio de influências entre corpo e espírito. Importante é dar a ambos os verdadeiros papéis nas nossas experiências de vida.
“A matéria é um envoltório do Espírito, como o vestuário é o envoltório do corpo. Unindo-se ao corpo, o espírito conserva os atributos de sua natureza espiritual”
Após a união com o corpo, o exercício das faculdades do espírito ficam subordinadas aos órgãos que lhe servem de instrumento. Os órgãos são, portanto, instrumentos de manifestação das faculdades da alma.
Quanto maior o desenvolvimento e o grau de perfeição desses órgãos, mais facilitada será a manifestação do espirito, assim como a boa qualidade de um trabalho está na dependência da boa qualidade da ferramenta.
As faculdades se enfraquecem pela grosseria da matéria como um vidro opaco se opõe à livre emissão da luz, o que significa dizer que a matéria influencia, entrava, em maior ou menor proporção, o exercício das faculdades do reencarnante.
No entanto, fique bem claro que as aptidões, as qualidades, o caráter, o gênio, são características do espirito. NÃO CONFUNDIR O EFEITO COM A CAUSA.
No item VI, da introdução de O L.E. Allan Kardec realça: “As qualidades da alma são as do Espírito que está encarnado em nós; assim o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito Impuro”
Ao encarnar, o espírito traz certas disposições. Admitindo-se para cada uma, um órgão correspondente no cérebro, o desenvolvimento desses órgãos será um efeito, não uma causa. São as faculdades, próprias do espírito, que conduzem esse desenvolvimento.
Se as faculdades se originassem nesses órgãos, os maiores gênios, sábios, poetas, seriam obras do acaso que lhes deu órgãos especiais. Não haveria justiça divina e estes extraordinários, não teriam valor próprio. “Admiti, ao contrário, que os órgãos especiais, se é que existam, são consequentes e se desenvolvem pelo exercício da faculdade, como os músculos pelo movimento…”
Os órgãos tem influência sobre a manifestação das faculdades, mas não produzem a faculdade.
Um bom musico não pode expressar-se bem com um mau instrumento, o que não o impede de ser um bom músico.
Um gênio que, numa existência, tenha feito mal uso das suas faculdades, da sua inteligência, pela lei de causa e efeito, se verá aprisionado por um corpo que lhe incapacita a manifestação de sua genialidade. Ele não deixou de ser gênio mas a manifestação dessa faculdade ficou prejudicada pelo corpo deficiente.
Assim acontece com os cretinos e idiotas. “Eles tem, muitas vezes, mais inteligência do que aparentam. Sofrem a insuficiência de um corpo, assim como o mudo sofre a insuficiência física que o impede de falar. A manifestação desses espíritos está prejudicada por órgãos não desenvolvidos ou desarranjados”
Essas incapacidades configuram expiações. É o corpo que está desorganizado e o espirito sofre, naquela encarnação, a ação da matéria que o impede de manifestar-se plenamente.
O espírito, diante dessas adversidades do corpo, reage de forma múltipla, com aceitação, com resignação, com rebeldia, sentindo a influência do corpo com insuficiências. Cabe a ele ser um vencedor ou um perdedor em sua experiência provacional ou expiatória.
No dia a dia, o homem comum vivencia relacionamentos, situações, que lhe provocam emoções, que nada mais são do que respostas a uma situação.
Emoções básicas de medo, alegria, rancor, ódio, dor, desespero, acontecem provocadas pelo meio ambiente ou pelo próprio corpo. Quem as sente e reage é o Espirito e conforme a reação surgem os distúrbios orgânicos.
Diz o Dr. Juan Hitzig, que “cada pensamento, gera uma emoção, mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos trilhões de células que formam nosso organismo”
Essas emoções podem ser boas ou nocivas e sempre promovem a secreção de hormônios, fluidos, benéficos ou corrosivos ao organismo.
Aquele Espírito instável, colérico, irritadiço, ansioso, vai promover secreções diferentes do Espírito bom, tranquilo, respeitador com os deveres e direitos seus e do próximo, preocupado em agir e crescer no bem, em cuidar-se como ser espiritual.
A repetição dessas atitudes refletem-se no corpo e podem tornar-se uma característica daquele indivíduo, influenciando o funcionamento de órgãos que lhe sofrem a ação.
Assim os atrabiliários, comprometem funções do fígado, estômago e outras funções orgânicas. Não foi a produção excessiva da bílis que motivou esse comportamento e sim o Espirito irritadiço e descontrolado pelas ocorrências com que se depara.
“A bílis é produzida pelo fígado e é recolhido na vesícula biliar. Estes dois órgãos são vulneráveis às emoções iradas, como a raiva, a irritabilidade, a frustração, o ressentimento, o ciúme e a inveja”- fonte Internet
Vemos que as emoções, ou sejam, as reações do Espírito, são responsáveis por nossa saúde ou bem-estar.
O que aprendemos com tudo isso?
Que temos que nos ver e sentir como Espíritos em evolução, vencendo dificuldades, conquistando valores, amando-nos e ao próximo, mantendo o equilíbrio emocional e orgânico. Desta forma preservaremos a saúde do corpo e da alma. Nos beneficiaremos e aos que caminham conosco.
Vivemos para atingir o equilíbrio das duas asas, as do conhecimento e da moralidade, que possibilitarão alcançar a perfeição prevista para todos nós.
BEM AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS, ensinou Jesus.