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Deus criou o homem simples e ignorante. Porém, ele não pode ficar sempre estacionado na ignorância. Precisa progredir continuamente e isso é Lei de Deus.

Por isso, existem duas espécies de progresso, embora não caminhem lado a lado. Mas, para se chegar à perfeição de que é suscetível o homem, uma à outra se prestam mútuo apoio: trata-se dos progressos intelectual e moral.

O progresso moral nem sempre segue o intelectual imediatamente.

Entre os povos civilizados, o progresso intelectual, no correr deste século, tem recebido muito incentivo, haja vista que se tem investido muito na tecnologia, em detrimento do avanço moral.  Portanto, muito falta para que esse progresso se encontre no mesmo nível daquele.

Embora o progresso moral e o intelectual ainda não marchem juntos, o Espiritismo nos ensina que, num determinado momento, o moral alcança o outro, de modo que os dois acabam se igualando.

O progresso é resultado do esforço individual: quanto mais se esforça o homem, melhores serão os resultados alcançados. A evolução dos Espíritos é fruto do próprio trabalho. O atual progresso alcançado pelo homem representa um esforço evolutivo de milênios e de acordo com Emmanuel, no livro “Roteiro”, “A evolução é fruto do tempo infinito”.

Dependendo do livre-arbítrio, tendo o homem a possibilidade de escolha, trabalha o seu adiantamento com maior ou menor empenho, acelerando ou retardando a sua condição evolutiva e a própria felicidade a que todos nós somos fadados. A cada um segundo suas obras e, considerando essa afirmação, cabe ao homem decidir o avanço ou o atraso na sua jornada evolutiva.

O progresso intelectual pode promover o moral, fazendo compreensíveis o bem e o mal.

Em “O Céu e o Inferno”, encontramos a seguinte colocação: “(…) a encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do Espírito: ao progresso intelectual, pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral, pela necessidade recíproca dos homens entre si.”

O maior obstáculo ao progresso moral são as duas negatividades do Espírito: o orgulho e o egoísmo.

Na essência, não existem obstáculos para o progresso intelectual, ele se efetua sempre. Dá-se a impressão de que o intelectual reduplica o orgulho e o egoísmo, desenvolvendo ainda mais a ambição. Todavia, como tudo tem consequências, dependendo das escolhas que o ser faz, ele aprenderá melhor que, além daquela que o gozo dos bens terrenos proporciona, existe uma felicidade maior e infinitamente mais duradoura”.

Chegará um dia em que a humanidade toda estará em venturoso estado de plenitude espiritual, reservada por Deus.

Enquanto nos encontramos ainda em processo evolutivo, “(…) a suprema felicidade só é compartilhada pelos Espíritos Perfeitos, ou, por outra, pelos Puros Espíritos, que não a conseguem senão depois de haverem progredido em inteligência e moralidade”. (“O Céu e o Inferno”, Allan Kardec)

Assim sendo, nem “isto” nem “aquilo” separadamente são condições necessárias e suficientes para a evolução do Espírito Ambos os progressos (moral e intelectual) são imprescindíveis para que o Espírito alcance a fatal evolução do ser.

 

BIBLIOGRAFIA:

“O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec.

“O Céu e o Inferno”, Allan Kardec.

“Roteiro”, Emmanuel (Chico Xavier).

“Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita”, tomo II, FEB.